Prefeitura entrega mais uma escola reconstruída em Casa Nova

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São cento e quarenta e sete linhas com veículos escolares, que a cada início de semestre escolar passam por um revisão rigorosa nos seus itens de segurança. A fiscalização é feita por profissionais da EPTTC que verificam tacógrafo, cinto de segurança, suspensão, extintor, pneus, freios, faróis, alertas, entre outros itens para garantir sempre o transporte dos alunos, da forma mais segura possível.
Além disso, a equipe diretoria de transportes faz vistoria
A Seduc também promove durante o ano, palestras e capacitações de orientações para os motoristas que atendem a rede de Ensino de Petrolina
Agência Brasil
A porcentagem de jovens que concluem o ensino médio na idade certa – até os 17 anos – aumentou em 10 anos, passando de 5%, em 2004, para 19%, em 2014. Os dados estão em um estudo do Instituto Unibanco, feito com base nos últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Há, no entanto, 1,3 milhão de jovens entre 15 e 17 anos que deixaram a escola sem concluir os estudos, dos quais 52% não concluíram sequer o ensino fundamental.
“Este é o subgrupo mais vulnerável, pois são brasileiros que, caso não voltem a estudar, terão altíssima probabilidade de inserção precária no mercado de trabalho, além de não terem tido seu direito à educação básica assegurado”, diz a publicação.
O estudo Aprendizagem em Foco, divulgado nesta semana, mostra que, quanto maior a renda, mais os estudantes avançam nos estudos. Entre aqueles que concluíram o ensino médio na idade correta, a média de renda familiar por pessoa é R$ 885. Entre os que não terminaram o ensino fundamental, a média cai para R$ 436. O ingresso no mundo do trabalho e s gravidez na adolescência estão entre os fatores que levam os jovens a deixar a escola.
“Os estudos feitos com dados do IBGE e do MEC [Ministério da Educação] indicam que há grupos em maior risco. São jovens de baixa renda, em sua maioria negros, que trocam com frequência os estudos por um trabalho precário ou que ficam grávidas já na adolescência”, diz o texto, que acrescenta: “Entender o perfil do jovem que evade da escola e identificar os momentos em que esse movimento é mais provável são ações importantes a serem realizadas pelos gestores de escolas e dos sistemas educacionais.”
Só 2% das mães adolescentes continuam
Do total de 1,3 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola sem ensino médio concluído, 610 mil são mulheres. Entre elas, 35%, o equivalente a 212 mil, já eram mães nessa faixa etária. Apenas 2% das adolescentes que engravidaram deram sequência aos estudos. Já entre os homens, o maior percentual, 63%, estavam trabalhando ou procurando emprego.
O estudo aponta também o desinteresse como uma das causas da evasão escolar. “Sobre muitos desses fatores externos, a escola tem pouca interferência. Há, porém, razões que levam ao abandono e que estão mais diretamente ligadas ao ambiente escolar. É o caso da repetência e do desinteresse do jovem pelos estudos, motivados pela baixa qualidade do ensino e por um currículo, especialmente no ensino médio, enciclopédico e com pouca flexibilidade para escolhas”.
A educação até os 17 anos é obrigatória no Brasil de acordo com a Emenda Constitucional nº 59 e com o Plano Nacional de Educação. Termina neste ano o prazo para que todas as crianças e jovens de 4 a 17 anos estejam matriculados. “Os dados mais recentes, referentes ao ano de 2014, indicam, infelizmente, que não vamos conseguir atingir esse objetivo no prazo”, diz o texto. Segundo o levantamento, o maior problema está na faixa etária de 15 a 17 anos – 13% desses adolescentes abandoram a escola sem concluir os estudos.
Na educação pública, os estados são os que concentram a maior parte das matrículas do ensino médio. “Os dados reforçam a necessidade urgente de uma reformulação consistente do ensino médio. Estamos trabalhando nisso”, diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Eduardo Deschamps.
“Estamos contando também com ações nos estados, para que aqueles que têm condições flexibilizem o ensino médio, ofereçam trilhas diferenciadas, que possam estar focadas no protagonismo juvenil e nas competências do século 21. Precisamos de um novo modelo que atenda essa demanda e que ofereça também ensino técnico e profissionalizante”, acrescenta o presidente do Consed.
A mochila escolar é um item que faz parte da rotina de crianças e adolescentes e a forma com que eles gostam de usar vai mudando ao longo do tempo. Por isso é importante que os pais fiquem atentos para evitar peso em excesso e ajuste incorreto, já que isso pode causar lesões e dores. É o que orienta a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (Sbot).
Segundo o ortopedista e membro da Sbot, Miguel Akkari, o peso correto da mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança. As queixas de dores são frequentes nos consultórios, segundo Akkari. “O que nós observamos são as queixas agudas, geralmente dor nas costas, nos braços e nos ombros”, explicou. O ortopedista ressalta, entretanto, que os problemas podem ser mais sintomáticos para aquelas crianças e adolescentes que precisam caminhar até a escola levando o material. “É mais significativo pelo tempo de esforço que ele faz”, disse.
Para o ortopedista, os pais devem ficar de olho e orientar seus filhos a evitar carregar materiais desnecessários.
Blitz das mochilas
“Hoje não é mico usar mochila de rodinha”. É o que o psicopedagogo do Colégio Marista, Ricardo Timm, tenta explicar para os alunos. Todos os semestres, há três anos, a escola realiza uma campanha de conscientização com pais e alunos, com uma “blitz da mochila”, para pesagem, e orientação em sala de aula.
A estudante do 8º ano, Maria Luiza, de 12 anos, foi pega na blitz com excesso de peso na mochila e reconheceu o erro. “Eu acho que às vezes levo coisas desnecessárias na mochila, mas não sinto ela pesada. Vou me preocupar um pouco mais agora”, disse.
Já Sophia Sousa, de 14 anos, estudante do 9º ano, disse que sente um pouco de dor às vezes e vai optar pelo uso do armário da escola. “Eu ainda tenho que pegar meu armário e aí vou melhorar o peso da mochila. Eu acho que é bem legal esse tipo de ação e é importante para conscientizar porque tem algumas pessoas que vejo com a mochila lá embaixo, paras as costas isso é ruim”, disse.
O psicopedagogo contou que um número grande de alunos utilizam mochilas de rodinhas. “Até o 5º ano quase todos, 6º e 7º também. Nos 8º e 9º aos é que temos mais resistência por parte dos meninos. À medida que ele vão se tornando jovens eles acham que a rodinha é um mico”, disse, explicando que os pais podem ser mais enfáticos no uso da mochila de rodas para mudar essa cultura desde cedo. “Muitos adultos já usam no dia a dia”, argumentou Timm.
Segundo ele, hoje, uma mochila só de material escolar deve pesar em torno de 7 quilos, o que é muito para crianças menores.
O que comprar e como utilizar
O ortopedista da Sbot, Miguel Akkari, orienta que na hora da compra se dê preferência a mochilas de duas alças porque distribuem o peso linearmente nos ombros; e que as alças sejam largas (mínimo de 4 cm) e acolchoadas. Mochilas com vários compartimentos e com cinto abdominal também são recomendadas.
Ao utilizar é importante, além de evitar o excesso de peso, usar as alças nos dois ombros, segundo Akkari, e regular para que ela fique na altura da cintura (que termine no início da região glútea). O material mais pesado deve ser colocado junto às costas.
O uso de mochilas com rodinhas pode ser uma alternativa, no entanto, é preciso ter cuidado com a alça do carrinho que deve estar a uma altura apropriada, as costas devem estar retas ao puxá-la. É importante observar também o percurso a ser feito. “Se é ambiente com escada e desnível, em vez de facilitar vira um empecilho. A mochila de rodinha tem sua utilidade se o percurso for com poucos obstáculos”, explica Akkari.
Agência Brasil
O professor Manoel Luiz Malaguti, que foi demitido da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) apósdenúncias de declarações racistas na sala de aula, será readmitido na instituição por decisão judicial do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, pela seção judiciária do Rio de Janeiro. Pela determinação, ele deve voltar às atividades como docente até o dia 20 de fevereiro. Ufesinformou que vai recorrer da decisão.
Na decisão, o juiz Antônio Henrique Corrêa da Silva não questionou o posicionamento da comissão da Universidade que puniu o professor, mas destacou que “no aspecto da urgência, a privação de verba alimentar recomenda a revisão imediata do ato demissório”.
Assim sendo, segundo o magistrado, para garantir que Malaguti tenha comida em casa, o vínculo com a instituição deve ser mantido até que o processo chegue a uma decisão final, sem mais recursos.
Além disso, o juiz também pontuou que Malaguti não deu publicidade às suas opiniões e nem fez “escândalo” em sua conduta, por mais questionáveis e reprováveis que suas opiniões possam ser, e que limitou-se a defender-se da repercussão pública “ensejada por terceiros” nas entrevistas que concedeu.
A decisão diz ainda que o professor “manifestou sua opinião a poucos alunos” após uma aula e que quem fez questão de divulgar amplamente foram os próprios alunos.
Esponja
O acontecimento, destacou Corrêa da Silva, foi em uma Universidade, “na qual é normal a coexistência de diversos tipos de pensamentos, inclusive retrógrados”.
O juiz pontuou que “espera-se de um estudante universitário, diferentemente de uma criança, que tenha discernimento para não ser uma mera ‘esponja’ de um professor e que tenha a capacidade de valorar as ideias pelo seu conteúdo”.
Reintegração
O pedido de reintegração foi enviado na segunda-feira (15) para o departamento pessoal da Ufes e deve ser efetivado até sexta-feira (19), último dia útil antes de 20 de fevereiro, e então, a partir da próxima segunda (22), Malaguti voltará a suas atividades de pesquisa e ensino.
A Universidade informou que irá recorrer na Procuradoria-Regional Federal da Advocacia da União. O advogado de Malaguti não atendeu à reportagem.
Relembre o caso:
Novembro de 2014 – Denúncias
Primeira denúncia: A Ouvidoria da Ufes recebeu duas denúncias envolvendo o professor. Uma delas realizada por alunos do curso de Ciências Sociais. Na ocasião, Malaguti teria feito declarações racistas dentro da sala de aula, durante uma discussão sobre cotas raciais.
Segunda denúncia: A segunda denúncia era de que o professor teria estacionado seu veículo de forma irregular. Na ocasião, ele teria parado seu carro junto à rampa de acesso para cadeirantes no Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas da Ufes.
Dezembro de 2014 – Apuração
Com o intuito de apurar as denúncias, foi nomeada uma Comissão de Sindicância dentro da Universidade. O trabalho foi encerrado em dezembro de 2014, e o relatório final indicou a instauração de processos disciplinares para os dois casos.
Novembro de 2015 – Demitido
A universidade confirmou que o professor foi demitido pela instituição após conclusão dos processos.
Fonte Pragmatismo Político
O Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Maranhão (Procon-MA) diz que é “abusivo” escolas exigirem itens de uso coletivo em listas de material escolar. Mesmo assim, além de solicitar caixa de dominó, pacote de balão e até rolos de fitas para estudantes, a escola Bom Pastor, de São Luís, listou kits de brinquedos divididos por gênero: um kit de ferramenta para meninos e um kit de cozinha ou de cabeleireiro para as meninas.
A história começou a ganhar proporção quando a página feminista Coletivo Fridas divulgou no Facebook uma nota de repúdio à escola com uma foto da lista considerada “sexista”. Na imagem, é possível ver kits de brinquedos divididos por gêneros.
A postagem teve grande repercussão e, um dia depois, a escola divulgou uma nota de esclarecimento dizendo que as listas, de fato, “continham solicitação de materiais que deram margem a interpretações diversas” do que a Instituição “acredita” e que, assim que ela foi alertada pelos familiares, bem como o apelo das redes sociais, ela corrigiu as exigências e disponibilizou as novas listas.
“Pedimos sinceras desculpas a toda à comunidade acadêmica e à sociedade pelos eventuais desconfortos causados, reiterando sempre nosso posicionamento em favor do respeito à diversidade de gênero, assim como ao ser humano em todas as suas dimensões“, disse a escola, em nota. “Comprometemo-nos a revisar com ainda mais rigor nossas práticas e mantermos vigilância permanente para que equívocos como este não se repitam, especialmente porque são contrários ao que acreditamos.”
Mesmo assim, a escola se tornou alvo do Procon. Segundo o órgão, desde outubro do ano passado, foi divulgada uma lista com mais de 60 itens de uso coletivo que não poderiam estar presentes nas exigências das escolas aos pais. “Apesar da determinação do órgão, que constou na Portaria n° 52/2015, e vale para todas as escolas particulares do Estado, algumas instituições de ensino ainda fazem exigências abusivas.”
Ainda de acordo com o Procon, este foi o caso da escola Bom Pastor e familiares e responsáveis formalizaram denúncias contra a escola.
Segundo o presidente do Procon-MA, Duarte Júnior, solicitar caixa de dominó, pacote de balão, rolos de fitas para estudantes e ainda pedir diferentes kits de brinquedos é considerada uma prática abusiva. Além disso, as escolas estão cientes das normas, já que a portaria foi resultado de diálogos de pais e representantes das instituições de ensino promovidos pelo órgão durante o ano de 2015.
“Estamos agindo de forma firme com as instituições de ensino que não estão cumprindo a Portaria, para que essas práticas, as quais ferem o direito do consumidor, sejam extintas em nosso estado e as escolas sejam devidamente sancionadas”, conta Duarte Júnior.
Além de autuar a escola, o Procon-MA preparou decisão liminar proibindo de forma imediata a lista de material com os itens considerados de uso coletivo.
Ainda segundo a nota, o mesmo processo acontecerá com as outras escolas que estiverem listas de materiais abusivas. Além do Colégio Bom Pastor, outras escolas foram denunciadas pelos consumidores, entre elas Upaon Açu, Brisa do Saber, Rosa de Saron, Gold Icep e outras.
Fonte Pragmatismo Político
Termina neste sábado (20) o prazo de inscrição para alunos de graduação interessados em estágio na Agência Espacial Americana (NASA). A Agência Espacial Brasileira (AEB) irá selecionar cinco universitários para vagas de estágios no “International Internship Program NASA I²”.
De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a iniciativa visa aumentar a experiência de estudantes brasileiros na área espacial e permitir a troca de experiência entre alunos de diferentes países.
As vagas são destinadas a alunos participantes do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF), que terão bolsa em vigência até agosto de 2016 nos EUA. O período de ingresso de brasileiros nos centros e laboratórios da Agência Espacial Americana segue o calendário estadunidense. As atividades ligadas ao estágio têm duração de 12 semanas, entre junho e agosto de 2016.
Para se candidatar, os estudantes devem se inscrever no site da AEB. Mais detalhes noedital da chamada.
Do G1
Ao abrirem os portões na volta às aulas da rede estadual de ensino de São Paulo nesta segunda-feira (15), os alunos corriam direto para o mural onde estavam as listas com seus nomes e classes. E foi aí que muitos descobriram que haviam sido transferidos de turno sem terem solicitado a mudança e sem terem sido avisados.
“Chego em casa tarde e é muito perigoso”, disse Lizandra Lima, de 16 anos, que foi transferida do período matutino para o noturno, que termina às 22h45, na escola Fernão Dias, em Pinheiros Zona Oeste. “Minha mãe foi até na delegacia do ensino para tentar mudar isso”. O mesmo aconteceu com sua amiga Letícia Kirsch, que também reclama de ter que voltar tarde para casa, em Rio Pequeno, na Zona Oeste da cidade.
A aluna Fernanda Victória dos Santos, 17, está na mesma situação e quer voltar para a manhã porque faz um curso de noite. “Alunos do 1º e do 2º ano foram mandados para a noite sem nenhum consentimento, principalmente dos pais”. O aluno Diego de Jesus Ferreira, 16, também foi transferido para a noite e conta que isso não acontecia nos outros anos. Alunos da Fernão Dias falam em uma turma inteira que foi transferida de turno sem ter sido avisada.
A Fernão Dias foi a primeira escola na capital paulista a ser ocupada em 2015 contra projeto de reorganização escolar anunciado pelo governo Geraldo Alckmin. Em dezembro, a Justiça suspendeu o projeto de reorganização após alunos ocuparem ao menos 200 escolas no estado. A reestruturação previa o fechamento de mais de 90 escolas e afetaria cerca de 300 mil alunos.
Conforme o G1 antecipou no dia 11, levantamento da Apeopesp indica que ao menos 1.160 classes foram fechadas (leia mais abaixo).
Segundo a Secretaria da Educação, uma nova classe foi criada no período da manhã na Fernão Dias e qualquer aluno que queira ser transferido de turno ou de escola, pode fazer a solicitação a qualquer momento. Ainda de acordo com a pasta, as transferências são “um processo natural de reacomodação da rede”.
Na Zona Sul de São Paulo, no Jardim das Flores, o estudante Jonatas de Oliveira, da escola José Lins do Rego, também chegou segunda de manhã para estudar e descobriu que tinha sido transferido para a noite. Ele trabalha em uma marcenaria e não tem como cursar esse horário. “Hoje vou pedir para o meu chefe para sair mais cedo e ir para a aula, pelo menos para garantir a vaga”. Segundo a Secretaria, Jonatas já retornou para o período matutino.
Em agosto de 2015, nota da Secretaria da Educação sobre como alunos poderiam pedir transferência para o período matutino, a pasta indica que “só serão transferidos aqueles que demonstrarem interesse pela mudança de horário.”
Sala lotada
A volta às aulas também foi marcada por algumas salas de aula no limite máximo de alunos por sala ou acima do que foi estipulado. No início desse ano, o governo de São Paulo publicou uma resolução que permite a ampliação do número de alunos e cria uma trava em 10% de estudantes a mais que os parâmetros de referência, chamados módulos.
As salas dos primeiros cinco anos do Ensino Fundamental, que têm como referência um número de 30 alunos, poderão ter 33 estudantes. As salas dos últimos quatro anos do Ensino Fundamental, hoje com módulo de 35 alunos, poderão ter 38. Já no Ensino Médio, essa variação será dos atuais 40 alunos para 44.
Na escola Aracati 2, no extremo da Zona Sul de São Paulo, a reportagem encontrou pelo menos 3 salas do 1º ano do ensino Fundamental com 39 alunos. A diarista Maria do Carmo Nogueira sentiu o efeito das salas lotadas nesta escola. Ela conta que sua filha de 6 anos não conseguiu vaga no colégio, que é perto de sua casa, e teve que ser transferida. O problema é que a outra escola, Capela 4, é distante e a mãe precisa gastar com ônibus para levar a filha.
A Secretaria da Educação informou que uma nova turma será aberta na escola Aracati 2 para acolher o excedente das outras turmas. A pasta ainda disse que a escola é uma exceção porque é a única da região com esse ciclo e tem uma grande demanda para atender.
Em outras escolas, o número de alunos não supera a nova “trava” do governo, mas fica acima do número de referência, como na Escola José Lins do Rego, onde há turmas do Ensino Médio com 42 alunos. Para a professora de Filosofia Jaiane Estevam, esse número ainda irá crescer. “Muitos alunos não estão nas listas oficiais e vamos ter que ir acrescentando na mão depois”.
Na escola Hugo Lacorte Vitale Deputado, na Zona Sul de São Paulo, a reportagem também encontrou salas de Ensino Médio com 42 alunos. A nova resolução afirma que esse aumento (de 40 para 44 alunos) se dará em casos excepcionais “quando a demanda, devidamente justificada, assim o exigir”. Segundo a Secretaria da Educação, áreas de mananciais e de regularização fundiária, onde não é permitido construir novas escolas, são exemplos de onde isso pode ocorrer.
Salas fechadas
Como o G1 antecipou há uma semana, algumas escolas poderiam começar o ano letivo com menos classes. Na escola Vicente Leporace, na Zona Sul, ao menos sete salas foram fechadas. A Secretaria de Educação disse que isso aconteceu porque há 118 alunos a menos que no ano passado. A reportagem não encontrou superlotação nessa escola.
Um levantamento da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) feito por meio de contribuições de professores e alunos de organizações que participaram de ocupações de escolas no final do ano passado indica que ao menos 1.160 foram fechadas no estado. A Secretaria da Educação nega e afirma que há 187.890 matrículas a menos em 2016.
Outra mudança foi a redução de 1 hora em algumas escolas de ensino integral que ofereciam 9 horas por dia aos alunos. Segundo a secretaria, essa mudança aconteceu para a padronização das escolas de tempo integral em 40 horas por semana. Segudno a pasta, haviam escolas com menos e outras com mais de 8 hoas, e este ano o horário foi padronizado.
Do G1
“Pedagogia do Oprimido”, de Paulo Freire, é o único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa consideradas pelo projetoOpen Syllabus.
A iniciativa coletou mais de um milhão de programas de estudos de universidades dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia para identificar quais são os livros mais solicitados por elas em suas ementas.
O livro de Freire, lançado em 1968, aparece em 99º lugar no ranking geral, com 1.021 citações em programas. No campo de educação, a obra figura em segundo lugar como a mais pedida nas universidades desses países, perdendo para “Teaching for Quality Learning in University: What the Student Does”, de John Biggs.
Pelo ranking, é possível observar que o livro de Freire é mais citado nas universidades selecionadas do que clássicos como “Moby Dick”, de Herman Melville, que aparece três posições abaixo, e “Dracula”, de Bram Stoker, em 111º lugar.
Cerca de 20 outras obras do escritor aparecem na lista, embora menos citadas, como “Política e Educação”, com 47 citações.
Outros brasileiros também estão no ranking, como Machado de Assis, Clarice Lispector, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos e Guimarães Rosa.
Do G1
Cotistas que chegam à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) obtiveram notas superiores às dos não cotistas ingressantes em 2013, último ano em que o vestibular foi a porta de entrada para uma das maiores instituições públicas do Brasil. As informações foram divulgadas pelo jornal Estado de Minas nesta segunda-feira (27).
Em Medicina, um dos cursos mais concorridos da Federal, os cotistas tiveram que alcançar a nota mínima de 750,02 pontos para garantir uma vaga, pontuação superior à que a ampla concorrência conquistou em 2013, de 685,3 pontos (veja a tabela abaixo).
Neste ano, primeiro em que a reserva de vagas foi aplicada na totalidade – 50% das vagas, conforme prevê a Lei das Cotas aprovada em agosto de 2012 –, os cotistas enfrentaram maior concorrência entre eles. “Os cotistas entram na UFMG mais bem preparados que os não cotistas de poucos anos atrás”, afirma o pró-reitor de Graduação, Ricardo Takahashi. Em 2013, a reserva de cotas era de apenas 12,5% do total de vagas.
Das 6.279 vagas, 3.142 foram destinadas às cotas de escola pública, levando em conta reserva para negros e indígenas. Uma delas foi conquistada pela estudante Talita Barreto, de 20 anos. “Todo ano a nota de corte muda e tivemos muito mais inscrições para o Enem. Quando vi minha nota fiquei com medo de não passar, principalmente em engenharia, que é um curso muito concorrido.” A ação afirmativa foi fundamental para que a jovem, filha da diarista Helena Barreto, se tornasse a primeira em sua família a ser aprovada para o ensino superior numa universidade federal. “Era um sonho fazer faculdade. Minha mãe sempre insistiu para que eu e meus irmãos estudássemos. As cotas nos possibilitam acesso a algo que é nosso”, afirmou. A jovem também foi aprovada, por meio das cotas, para música na Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg).
Com a ampliação do percentual de vagas destinadas às cotas, um dos fatores esperado por Takahashi é que o ingresso de estudantes de escolas municipais e estaduais seja ampliado. Nos primeiros anos das cotas, havia um domínio de estudantes vindos de escolas federais – essas instituições ocupam os primeiros lugares no ranking do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2015. “É provável que aumente um pouco a proporção de estudantes de escolas estaduais e municipais em relação aos estudantes egressos de escolas federais de ensino médio”, afirmou. Essa previsão só poderá ser confirmada depois que os alunos efetivarem a matrícula.
Os dados da universidade têm demonstrado que não há diferença no desempenho de cotistas e não cotistas. “No que diz respeito à qualidade, tudo indica que não exista nenhuma razão para preocupação”, disse Takahashi. O pró-reitor reitera que o aumento da competição pelas vagas na maior universidade pública do estado, decorrente do Sisu, também causou um aumento da competição entre os cotistas.
Muitos estudantes que entram pelas cotas são os primeiros da família a ingressar no ensino superior. É o caso da estudante Lívia Teodoro, de 24 anos, que foi aprovada em história, com média geral de 667,92. “Obtive 880 pontos na redação e acredito que isso tenha me ajudado bastante.” Ela credita o desempenho ao ativismo na internet, onde publicava textos sobre feminismo negro. A jovem escreve para o blog Na Veia da Nêga e é coordenadora-geral do Clube de Blogueiras Negras de Belo Horizonte.
Lívia cursou todo o ensino fundamental e médio em escola pública. “Tive a oportunidade de conhecer professores que me instigaram muito e fizerem despertar esse lado apaixonado por estudar, entretanto, não basta querer para conseguir absorver conhecimento dentro de uma escola pública.Não é nada fácil se concentrar numa sala com 40 alunos e goteiras em dias de chuva. Este era o retrato de muitos dos meus anos escolares.”
Por um tempo a universidade era algo distante para a jovem, que teve que abandonar temporariamente o ensino médio. “Parei de estudar por conta do trabalho, saía muito tarde e não tinha o mínimo foco nos estudos, após um dia inteiro de trabalho.” Lívia reconhece que, mesmo gostando muito de estudar, o ensino em escola pública não a colocava em pé de igualdade com alunos que estudaram na rede particular.
“A UFMG para mim é um sonho, que não acreditava conseguir. Fiquei em primeiro lugar das cotas. Sem as cotas não teria sequer tentado e, não por não acreditar na minha capacidade, mas sim por diversos fatores que nos deixam atrás daqueles que tem toda uma estrutura privilegiada para assegurar que eles cheguem lá”, afirmou.
Lívia será a primeira a se formar no ensino superior na família, tanto do lado paterno quanto materno. “Minha avó, com quem moro, é analfabeta, minha mãe não terminou o primário. Ambas mulheres fortes e guerreiras, que, como podem imaginar, estão deslumbradas em me ver entrar em uma universidade pública.”
Fonte Pragmatismo Político
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