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Agropecuária
Apicultores familiares apoiados pela Codevasf na Bahia exportaram 30 toneladas de mel em 2015
A Cooperativa Regional dos Apicultores do Médio São Francisco (Coopamesf), que tem papel importante na cadeia da apicultura na região do Médio São Francisco baiano, exportou nos primeiros quatro meses deste ano 30 toneladas de mel para três países – Estados Unidos, Alemanha e França –, representando uma venda de R$ 218 mil.
O passo importante dado por esse grupo de apicultores familiares resulta do apoio fornecido pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que estruturou as famílias com 150 kits de materiais apícolas – uma ação do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil sem Miséria.
“Esse mel exportado foi produzido por cerca de 100 apicultores da Coopamesf. Quase 90% desses produtores tiveram os kits de apicultura implantados pela Codevasf. É uma parceria muito importante no âmbito do arranjo produtivo local que nos dá condições de aumentar a estrutura dos produtores e das unidades de extração de mel. Em dois anos, quando os kits produtivos começaram a ser implantados, dobramos o número de apicultores e de colmeias – um aumento que devemos muito à atuação da Codevasf”, afirma Gilmário Mendes, diretor da Coopamesf.
Em 2014, segundo o produtor, outras 25 toneladas de mel já haviam sido exportadas. Nos dois casos, a venda ocorreu em parceria com a empresa Melbras. “Hoje no estado da Bahia não há nenhuma cooperativa nem empresa regularizada para exportação de mel – então fizemos uma parceria com uma empresa de Minas Gerais, regularizada, para que a exportação pudesse acontecer. Foi muito importante essa exportação para regular os nossos estoques e para escoar a produção, que foi grande, já que o consumo local ainda é baixo”, explica Mendes.
Estados Unidos e Alemanha são os dois países que mais importam mel do Brasil. Em 2014, segundo dados da Associação Brasileira dos Exportadores de Mel (Abemel), os Estados Unidos receberam cerca de 19 milhões de quilos de mel natural, enquanto a Alemanha recebeu 1,8 milhão de quilos. Já a França é a sexta maior importadora, com cerca de 266 mil quilos.
“A estruturação da cadeia produtiva apícola, realizada pela Codevasf com outros parceiros, vem possibilitando que o mel produzido no Médio São Francisco atenda cada vez mais aos padrões de qualidade exigidos pelo mercado internacional, trazendo um retorno positivo para o nosso público beneficiado”, aponta Izabel Aragão, gerente de Desenvolvimento Territorial da Codevasf.
Esforço conjunto
“Desde 2004, a Codevasf, em parceria com outras entidades, vem apoiando a apicultura no Território de Identidade Velho Chico, seja com a estruturação de unidades de beneficiamento, repasse de equipamentos, capacitações e apoio a participações de produtores em exposições e congressos de apicultura, e também com um incremento maior de kits produtivos para os produtores que têm renda mais baixa”, frisa Wilson Néri, chefe da unidade de Desenvolvimento Territorial na 2ª Superintendência Regional da Codevasf, sediada em Bom Jesus da Lapa.
“Essa conquista é o resultado de um esforço conjunto, envolvendo não só a Codevasf, mas também outros parceiros que desenvolvem e apoiam a atividade no território, como a Fundação de Desenvolvimento Integrado do São Francisco (Fundifran), o Sebrae, diversas associações de produtores, agentes financeiros, prefeituras e o governo do Estado da Bahia, por meio da Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf). Estamos mostrando que, mesmo com as adversidades do semiárido, a apicultura é viável”, afirma Néri.
Novos investimentos
De acordo com a avaliação de Renato Bastos Lessa, técnico da 2ª Superintendência Regional da Codevasf, as exportações realizadas pela Coopamesf estão contribuindo para que o mel alcance valores mais atrativos na região. “A elevação do preço pago para o produtor traz retornos mais significativos e muda a realidade das pessoas que trabalham na cadeia de apicultura”, observa.
Ele revela que um novo investimento de R$ 192,4 mil reforçará a estrutura da Coopamesf com equipamentos para beneficiamento de mel e cera.
Serão dez tanques decantadores, dois tanques descristalizadores de mel, um tanque homogeneizador e um para higienização de embalagens, duas balanças eletrônicas, oito centrífugas elétricas e três manuais, dois conjuntos para selagem de sachê, três plataformas para decantadores, dez mesas desoperculadoras, uma mesa para envase e manipulação de mel, uma envasadora semiautomática, três derretedores de cera elétricos, um conjunto de bomba e filtro de linha, um cilindro alveolador industrial elétrico, uma laminadora contínua de cera em bobina, um balde em aço inox e um balde plástico atóxico.
Inclusão produtiva
Desde 2012, a Codevasf está investindo aproximadamente R$ 4,3 milhões para apoiar ações relacionadas à apicultura no Médio São Francisco baiano, na área de atuação da sua 2ª Superintendência Regional. Os recursos fazem parte do eixo de inclusão produtiva do Plano Brasil Sem Miséria e são oriundos da Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional (SDR/MI).
Foram implantados mil kits de apicultura, um por família, para associações de agricultores familiares de 19 municípios – um investimento de R$ 3,1 milhões. Já na aquisição de equipamentos para beneficiamento de mel e cera, cujos processos de instalação estão em tramitação, o investimento é de R$ 1,1 milhão.
Contato: Assessoria de Comunicação e Promoção Institucional da Codevasf
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Codevasf instala 15 mil cisternas na região norte do estado da Bahia
A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) alcançou a marca de 15 mil cisternas de abastecimento humano instaladas na região norte do estado da Bahia com o programa Água para Todos. Os reservatórios beneficiam mais de 75 mil pessoas. Esse é o resultado do mais recente balanço de ações do programa, realizado pela 6ª Superintendência Regional da Companhia, sediada em Juazeiro (BA). Somente em 2014 a Codevasf implantou 11 mil cisternas em 13 municípios da região.
De acordo com o coordenador regional do Água para Todos na Codevasf, Joselito Menezes, o programa tem atendido especificamente famílias em condições de vulnerabilidade econômico-social. “É importante frisar que muitas famílias não dispunham de uma fonte de água de boa qualidade para o consumo até a distribuição e a instalação das cisternas pela Codevasf. Essas ações mudaram a qualidade de vida dessas populações, com efeitos positivos em sua saúde e maior disponibilidade de tempo para as tarefas do dia a dia”, ressalta.
Os reservatórios implantados pela Companhia são de polietileno e têm entre suas principais características a simplicidade do processo de instalação, a resistência e a vedação do armazenamento. O equipamento têm capacidade de armazenamento de 16 mil litros e sua vida útil é estimada em 30 anos.
O abastecimento ocorre durante os períodos chuvosos: a água da chuva é aparada no telhado do local beneficiado e conduzida, por meio de um sistema de calhas e canos, para o interior do reservatório. Com a observância de cuidados básicos – que são comunicados aos beneficiados em treinamentos específicos – a água é própria para saciar a sede e para o preparo de alimentos. Nas localidades em que a estiagem tem sido mais severa, as cisternas estão permitindo que os beneficiados guardem com segurança a água provida por carros-pipa.
Comitês
A indicação dos beneficiários é responsabilidade de comitês gestores municipais e comissões comunitárias, formados por representantes da sociedade civil, sindicatos de representação rural, associações rurais, igrejas e poder público municipal.
Os comitês devem observar em suas indicações as diretrizes do programa: os beneficiários devem ser famílias que residam em áreas rurais, vivam em situação de extrema pobreza ou pobreza – o que significa possuir renda per capita mensal de até R$ 140 –, tenham carência de acesso a água e inscrição no Cadastro Único de Programas Sociais (CadÚnico).
Fonte: Comunicação da Codevasf
Agricultores/as de Juazeiro participam de seminário temático sobre estocagem de alimento natural para animais
Pensar em alimentação de qualidade para animais de pequeno e médio porte a partir de plantas disponíveis na Caatinga e o manejo sanitário destes animais foram os objetivos principais do Seminário temático realizado pelo Irpaa nos dias 19 e 20 de janeiro deste ano, no Centro de Formação Dom José Rodrigues, em Juazeiro. O público do evento, agricultores/as familiares de Juazeiro integrantes do Projeto de Assessoria Técnica e Extensão Rural (Ater/Suaf), reforçou os conhecimentos sobre o processo e a importância da estocagem de alimentos, bem como o potencial de plantas nativas e exóticas para suprir as necessidades alimentares de caprinos, ovinos e galinhas. A programação contemplou também práticas de produção de rações, além de discussão sobre os desafios da comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar.
A animadora de campo de Ater no município de Juazeiro, Tânia Alves, esclareceu que este momento também é uma oportunidade de reforçar a ideia de estoque de alimentos junto aos/as agricultores/as, assim como de provocar que eles/as coloquem em prática esta possibilidade, como uma das ações de Convivência com o Semiárido. “A hora de armazenar é agora no período verde…para todas as regiões existe uma prática indicada, tanto para áreas irrigadas ou de sequeiro a gente pode sim armazenar forragem”, alerta Tânia. O animador de campo, José Nilton Rodrigues, enfatiza que ainda é preciso discutir sobre estoque de forragens, mesmo que as famílias tenham uma tradição de criação de caprinos e ovinos não se vê muito a prática de cultivar e nem estocar alimentos para estes animais, explica.
Outra possibilidade de discussão que o curso trouxe foi sobre a necessidade destas famílias resgatarem a prática de criação de galinha caipira, já que o que mais se vê são os chamados “caipirões”, mestiçagem de caipira com outras raças, explica Tânia. Ela alerta que a prática está se extinguindo, onde no próprio mercado faltam galinhas caipiras de postura, “as famílias precisam resgatar isso, tirar a sua própria galinha de postura das caipiras e não comprar de outras raças”, esclarece a técnica.
Para a agricultora e professora, Valdete Pereira, de Massaroca, este momento foi necessário para pensar o futuro e a qualidade na alimentação animal, “saio daqui com essa consciência cada vez maior de que a produção de silo é importante dentro da nossa sobrevivência e para o meio econômico”. Ela espera, futuramente, se libertar da compra de ração, “é viável fazer [silo e feno] e o custo se torna mais barato pra gente”, afirma.
No segundo dia, além da prática de produção de ração balanceada para galinhas e pintos, a turma apontou os desafios para se conseguir a comercialização dos produtos, afim de garantir uma geração de renda para as famílias. Neste contexto, outro tema abordado e esclarecido foi sobre os mercados institucionais, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) – programas que podem ser acessado pelos/as agricultoras/as que possuem Declaração de Aptidão da Agricultura Familiar (DAP). Na abordagem, a turma discutiu sobre esta possibilidade de acesso, bem como conheceram os detalhes do programa. Tânia esclareceu, que não se pode desconsiderar este tipo de mercado, mas que ele não dever ser o único acessado pelo/as agricultores/as, antes de tudo é preciso que todos estejam organizados em associações comunitárias.
Os desafios da comercialização
Outro debate que não pode faltar durante o Seminário temático foi o desafio enfrentado pelas famílias para a comercialização de seus produtos de origem animal, já que não conseguem escoar a produção para os mercados locais por conta das atuais leis vigentes, que não atendem a realidade dos pequenos/as agricultores/as familiares. Os/as participantes também discutiram sobre os processos que travam esta consolidação da cadeia produtiva da agricultura familiar, com base na economia solidária e no comércio justo, sendo um dos mais forte a ausência do Selo de Inspeção Municipal (SIM), como também todo o aparato estrutural e político necessário para o seu funcionamento. Para uma das participantes do Seminário, é preciso que haja espaço para os/as pequenos que estão desenvolvendo atividade agropecuária, pois esta “é uma oportunidade de geração de renda no campo, onde as pessoas não precisariam deslocar para a cidade atrás de emprego”, defende.
O projeto
Este seminário temático faz parte de uma série de ações do Projeto de Ater realizado pelo Irpaa com o financiamento da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), através da Superintendência da Agricultura Familiar – Suaf, nos municípios de Casa Nova, Curaçá, Canudos, Juazeiro, Sento Sé e Sobradinho. Em cada um destes municípios acontecerão estes seminários temáticos com a participação de agricultores/as familiares atendidos pelo projeto.
Fonte: Comunicação – IRPAA
Codevasf investe cerca de R$ 7,6 milhões na modernização de perímetros irrigados em Juazeiro (BA)
Cerca de R$ 7,6 milhões foram investidos pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em 2014, visando a modernização dos perímetros irrigados de Curaçá, Maniçoba e Tourão, em Juazeiro (BA). Os recursos são oriundos do programa Mais Irrigação, do Governo Federal, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional e executado pela Codevasf em sua área de atuação.
Um total de R$ 643 mil foi destinado à aquisição de 34 válvulas de retenção de fechamento rápido com serviços de instalação, adaptação e testes operacionais nas estações de bombeamento (EBs) em Curaçá e Maniçoba. O material serve, segundo técnicos da Gerência de Irrigação da Codevasf, para evitar desalinhamento, retrabalho na manutenção e o golpe da aríete de bomba (variação brusca de pressão, acima ou abaixo do valor normal de funcionamento, devido às mudanças bruscas da velocidade da água).
Outros R$ 144 mil foram direcionados para a modernização do sistema de automação, o qual envolve acionamento, monitoramento e proteção das EBs.
O superintendente regional da Codevasf em Juazeiro, Alaor Grangeon, destaca a importância da ação em prol da qualidade na gestão dos perímetros. “A modernização permitirá aos produtores uma economia de até 50% no consumo de água, além de aumentar a eficiência na utilização de fertilizantes, do aumento e da melhoria de qualidade da produção”, explica.
Outros efeitos benéficos da atualização do sistema serão a economia de energia elétrica pelos colonos e a melhora geral no manejo da irrigação. Ao todo, cerca de 540 famílias de produtores foram beneficiadas.
Maniçoba e Tourão
Em Maniçoba, considerado exemplo de eficiência na gestão em perímetros irrigados no Brasil, a Codevasf investiu cerca de R$ 5,8 milhões em infraestrutura, provenientes do governo federal por meio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Irrigação. Com o montante, foram adquiridos cinco motores de indução trifásicos; uma escavadeira hidráulica de esteira; além de construídas placas dos canais de irrigação; fornecimento de peças e recuperação de 30 conjuntos de eletrobombas e 19 transformadores de força.
Um dos exemplos de sucesso da gestão administrativa é a estação de bombeamento 01 – EB1, onde foram investidos recursos de R$ 800 mil na compra e instalação de cinco motores, além de está em processo de execução a recuperação dos canais principal, secundário e terciário.
Além disso, o perímetro foi beneficiado com equipamentos que visam melhorar a atividade dos produtores, como uma retroescavadeira, uma motoniveladora, um trator, uma máquina limpadora de drenos e outros. O material está avaliado em R$ 97 mil.
No ano passado foram investidos recursos próprios do Distrito de Irrigação Maniçoba (DIM) da ordem de R$ 1,2 milhão para manutenção de estradas; drenagem e limpeza de 126 km de canais; recuperação da pintura de 8 km de adutora; aquisição de máquinas e implementos agrícolas, além de saneamento básico. Com esses investimentos houve diminuição de custos, como em segurança (reduziu de R$ 84 para R$ 32 mil) e energia elétrica (volume de bomba fornecido com eficiência na distribuição de água reduzindo o valor em R$ 60 mil/mês).
O gerente executivo do DIM, Valter Matias, destaca que “Maniçoba tem cultura forte e hoje, com a mudança do sistema de irrigação, haverá melhoria na eficiência de distribuição da água e no modelo de gestão, alavancando mais a fruticultura e gerando desenvolvimento socioeconômico”. Estão sendo gerados mais de sete mil empregos diretos e indiretos em Maniçoba.
Já no perímetro irrigado Tourão foram investidos recursos da ordem de R$ 133 mil para modernização das EBs, onde serão realizados fornecimento, testes, carga e transporte de chaves corta circuito, partida suave, religadores e reles de proteção.
Para Alaor Grangeon, o intuito da Codevasf é transformar os recursos aplicados em novas oportunidades para os produtores. “A Companhia está sintonizada com os programas do Governo Federal com o objetivo de aproveitar o máximo de benefícios em favor do nosso estado”, afirma.
Fonte: Setor de Comunicação da Codevasf 6ª SR